Acostumei-me a espiá-lo de longe e a disfarçar que não te conheço melhor que ninguém. A reprimir minha vontade de abraçá-lo, tocá-lo e te fazer carinho, por medo de não ser correspondida ou mal interpretada. A dissimular meu entusiasmo ao te reencontrar ou desviar meu olhar quando alguém percebe minha atenção.
Acostumei-me a ocultar meus sentimentos e ser reduzida a uma simples amiga que ri de um modo diferente das suas piadas. A ficar medindo minuciosamente cada gesto seu, pensando como as coisas poderiam ser diferentes. A me contentar com um beijo na testa, um abraço meio apressado ou um aperto de mãos à distância.
Acostumei-me a passar horas no telefone ouvindo sua voz, quando o que eu queria mesmo era tê-lo perto. A ouvir suas histórias de vida ponderada, por achar que isso me torna alguém confiável e especial. A disputar cada minuto da sua atenção com o resto do mundo e a me satisfazer com um simples sorriso.
Acostumei-me a ter você sempre habitando meus sonhos e ocupando meus pensamentos. A esperar ansiosa sua ligação ou sua visita e ir dormir angustiada por não tê-lo visto chegar. A ser surpreendida com sua prodigiosa lembrança e encher a alma de alegria ao ouvir você dizendo que sentiu minha falta.
Acostumei-me a ser lembrada de vez em quando, a ter atenção geralmente e a ter seu carinho às vezes. A receber a metade, o pouco, e a me sentir feliz momentaneamente. A te amar de corpo e alma a ponto de aceitar e não cobrar que você me ame como eu desejo.
Acostumei-me a não fazer planos e a viver de esperança. A pedir desculpas mesmo não estando errada. A me calar para poupar cada segundo da sua custosa presença. A deixar meu orgulho, meus sonhos e minha tradição de lado para morar na sua incerteza.
Acostumei-me a querer muito e não ter nada...
Acostumei-me a ser sua e você não ser de ninguém...
(Walleska Dandara)
Acostumei-me a ocultar meus sentimentos e ser reduzida a uma simples amiga que ri de um modo diferente das suas piadas. A ficar medindo minuciosamente cada gesto seu, pensando como as coisas poderiam ser diferentes. A me contentar com um beijo na testa, um abraço meio apressado ou um aperto de mãos à distância.
Acostumei-me a passar horas no telefone ouvindo sua voz, quando o que eu queria mesmo era tê-lo perto. A ouvir suas histórias de vida ponderada, por achar que isso me torna alguém confiável e especial. A disputar cada minuto da sua atenção com o resto do mundo e a me satisfazer com um simples sorriso.
Acostumei-me a ter você sempre habitando meus sonhos e ocupando meus pensamentos. A esperar ansiosa sua ligação ou sua visita e ir dormir angustiada por não tê-lo visto chegar. A ser surpreendida com sua prodigiosa lembrança e encher a alma de alegria ao ouvir você dizendo que sentiu minha falta.
Acostumei-me a ser lembrada de vez em quando, a ter atenção geralmente e a ter seu carinho às vezes. A receber a metade, o pouco, e a me sentir feliz momentaneamente. A te amar de corpo e alma a ponto de aceitar e não cobrar que você me ame como eu desejo.
Acostumei-me a não fazer planos e a viver de esperança. A pedir desculpas mesmo não estando errada. A me calar para poupar cada segundo da sua custosa presença. A deixar meu orgulho, meus sonhos e minha tradição de lado para morar na sua incerteza.
Acostumei-me a querer muito e não ter nada...
Acostumei-me a ser sua e você não ser de ninguém...
(Walleska Dandara)
1 comentários:
"A te amar de corpo e alma a ponto de aceitar e não cobrar que você me ame como eu desejo"
Amar sem esperar nada em troca pois só assim se conhece o verdadeiro sentir.Enquanto seres humanos;se somnos capazes de amarmos verdadeiramente o outro sem esperararmos nada em troca, somos capaz de sermos amados.
Há já sei ,vai dizer que filosofei demais!
srsrsrs.Tudo bem!
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